segunda-feira, 8 de abril de 2019

A Jangada do Sul foi perseguida por um destino trágico na história do Brasil, sendo derrotada três vezes num lapso de tempo de mais ou menos uns dez anos: em 1945, com a deposição de Vargas pelos EUA; em 1954, pelo suicídio de Vargas em resposta ao cerco norte-americano; em 1964, por um golpe de Estado que começou em Washington parra derrubar o presidente João Goulart, sem dúvida o acontecimento mais estúpido e nocivo para a civilização brasileira. Vietnã sem sangue, o golpe de 1964 foi concebido e materializado para eliminar o verdadeiro adversário do imperialismo: Leonel Brizola. Que teve um exílio barra-pesada. Exílio de cão. Embora tivesse sido cassado Poe Castelo Branco, o golpe de 1964 não tinha na mira o simpático ex-presidente JK, cuja carreira política foi impulsionada pelo minuano varguista.

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Odilon assume liderança na reta final

Com 52,5% Odilon assume liderança na reta final, diz pesquisa IPEXX Brasil




O candidato ao governo do Estado, juiz Odilon de Oliveira, já aparece na frente do oponente, Reinaldo Azambuja (PSDB), nesta reta final e agora está em primeiro, de acordo com pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 22, feita pelo Instituto de Pesquisa Ipexx Brasil.

A pesquisa mostra Odilon com 52,52% dos votos válidos, contra 47,48% do concorrente. Nas duas análises anteriores deste segundo turno o pedetista se mostrava em segundo, mas empatado no limite da margem de erro.

A pesquisa foi feita nos 12 maiores colégios eleitorais: Campo Grande, Dourados, Três Lagoas, Corumbá, Ponta Porã, Naviraí, Nova Andradina, Aquidauana, Sidrolândia, Paranaíba, Maracaju e Coxim.

Para Odilon, as últimas pesquisas estão mais perto da realidades das ruas. “Não temos rejeição e cada dia mais as pessoas estão aderindo ao nosso projeto. No corpo a corpo sentimos isso diariamente. Nessa última semana vamos intensificar a campanha e levar nossas propostas à população, que já se decidiu pela mudança de verdade. Agora é a hora da virada”, declarou, acrescentando que os apoiadores voluntários devem continuar firmes no trabalho formiguinha de conversar com as pessoas em todo o Estado.

O nível de confiança estimado é de 95% e a margem de erro máximo estimado considerando um modelo de amostragem aleatório simples, é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Foram entrevistados 1.040 eleitores, entre os dias 17 e 21 de outubro. A pesquisa foi registrada no TRE-MS sob o número 05585/2018.

Rejeição

O levantamento mostra que a Rejeição de Reinaldo continua maior. D e acordo com a amostragem, 35,10% dos entrevistados disseram que não votariam no candidato a reeleição de jeito nenhum, contra 25% de Odilon.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

PDT ATUALIZA CALENDÁRIO DE MEMÓRIA DO TRABALHISMO


“Partido político não deve apenas
 cultivar a história,
deve fazer a história.”

Alberto Pasqualini

Mais do que uma simples relação, com sucessão de datas, nomes e episódios, o Calendário de Memória do Trabalhismo, ainda em construção e aberto a novas contribuições, reúne momentos de uma trajetória de lutas sociais e políticas do nosso mais rico patrimônio histórico-partidário. Um guia a ser trabalhado para, muito além da memória de nossos líderes, manter vivos seus pensamentos, causas e lutas e a partir do “fio da História” tecer novas conquistas para o povo brasileiro. (MCS)

Janeiro
Dia 06 (1963) – Em plebiscito, mais de 80% dos brasileiros derrotam o Parlamentarismo e devolvem os poderes ao Presidente João Goulart.
Dia 20 (1941) – Getúlio Vargas cria o Ministério da Aeronáutica.
Dia 22 (1922) – Nasce Leonel Brizola no Distrito de Cruzinha (hoje município de Carazinho), no Rio Grande do Sul;
Dia 23 (1983) – O Diretório Nacional do PDT, reunido na cidade de Mendes, Rio de Janeiro, discute os novos rumos do partido e elabora a Carta de Mendes.
 Dia 30 (2011) – Morre Edialeda Salgado do Nascimento, presidente do Movimento Negro do PDT.
Dia 31 (2006) – Morre Ernesto Stédile, um dos líderes do trabalhismo paranaense,i membro fundador do antigo PTB, do velho MDB e do PDT de Brizola.

Fevereiro
Dia 16 (1962) –  Leonel Brizola, governador gaúcho, encampa a Companhia Telefônica Rio-Grandense, subsidiária da empresa norte-americana ITT.
Dia 16 (1915) – Nasce Francisco Julião, líder das Ligas Camponesas.
Dia 17 (1997) – Morre Darcy Ribeiro, sendo substituído no Senado por Abdias do Nascimento, líder negro e membro fundador do PDT.
Dia 22 (1954) – Manifesto dos Coronéis derruba Jango do Ministério do Trabalho, porque como ele propôs 100% de aumento para o salário mínimo Getúlio Vargas concedeu o aumento.
Dia 24 (1932) – Getúlio institui o voto secreto e direto, o direito às mulheres de votarem e serem votadas e cria a Justiça Eleitoral.

Março
Dia 1º (1918) – Nasce João Goulart, em São Borja, no Rio Grande do Sul.
Dia 13 (1964) – Jango realiza monstruoso comício na Central do Brasil, centro do Rio de Janeiro, defendendo as Reformas de Base (agrária, educacional, bancária, tributária).
Dia 15 (1964) – Jango encaminha mensagem das Reformas de Base ao Congresso Nacional.
Dia 17 (1964) – João Goulart promulga a lei que limita a remessa de lucros para o exterior.
Dia 19 (1931) – Getúlio promulga a lei de sindicalização das classes operárias e patronais.
Dia 31 (1964) – Eclode o golpe que no dia seguinte derruba o Presidente João Goulart e instaura a ditadura, cujos efeitos persistem até os dias de hoje.

Abril
Dia 4 (2011) – Morre Jackson Lago, que desafiou as oligarquias do Maranhão e se elegeu governador em 2010, sendo deposto em seguida por manobras da Família Sarney.
Dia 9 (1941) – Getúlio funda a Companhia Siderúrgica Nacional em Volta Redonda, no Rio, privatizada sob questionáveis procedimentos nos anos 90.
Dia 10 (1964) – João Goulart teve seus direitos políticos cassados por 10 anos, após a publicação do Ato Institucional Número Um (AI-1). Nesta primeira lista de cassação, ainda estão Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Samuel Wainer, Josué de Castro, Luiz Carlos Prestes e Miguel Arraes, totalizando 102 brasileiros, sendo 41 deputados federais.
Dia 10 (1954) – Getúlio propõe o Plano Nacional de Eletrificação e criação da Eletrobrás, efetivados pelo Governo Goulart
Dia 19 (1883) – Nasce Getúlio Vargas, em São Borja, no Rio Grande do Sul.
Dia 21 (1993) – O povo brasileiro confirma em plebiscito a opção pelo Presidencialismo Republicano, derrotando mais uma vez por ampla maioria a ameaça da ditadura parlamentar.

Maio
Dia 1º (1940) – Getúlio institui o salário mínimo no Brasil.
Dia 1º (1941) – Getúlio institui a Justiça do Trabalho, enfrentando fortes críticas do empresariado e da grande imprensa.
Dia 3 (1933) – Realizam-se eleições para a Assembléia Nacional Constituinte convocada por decreto de Getúlio Vargas datado de 14/05/1932.
Dia 4 (1932) – Getúlio estabelece a jornada de 8 horas de trabalho na indústria (decreto 21.350).
Dia 10 (2012) – Morre Neiva Moreira, ex-deputado federal e presidente nacional do PDT, jornalista que editou “Cadernos do Terceiro Mundo.”
Dia 13 (1959) – Leonel Brizola inicia as encampações das multinacionais no Brasil, nacionalizando a Companhia Rio-Grandense de Eletricidade, antes pertencente à Bon and Share.
Dia 17 (1932) – Decreto de Getúlio estabelece o princípio do “salário igual a trabalho igual” e regulamenta o trabalho da mulher.
Dia 23 ( 2008) – Morre o senador Jefferson Péres (AM), líder do PDT no Senado, aos  76 anos, em Manaus (AM).
Dia 24 (2011) – Morre Abdias do Nascimento, aos 97 anos, ex-deputado federal e senador trabalhista.
Dia 26 (1980) – Brizola e os trabalhistas fundam o PDT, com base nas doutrinas de Alberto Pasqualini, para dar seguimento às lutas sociais e políticas de Jango e Getúlio.

Junho
Dia 3 (1960) – Morre Alberto Pasqualini, no Rio Grande do Sul;
Dia 17 (1979) – Leonel Brizola lidera reunião com 140 trabalhistas, em Lisboa, Portugal, para esboçar as bases do novo trabalhismo brasileiro.
Dia 21 (2004) – Morre Leonel de Moura Brizola.
Dia 26 (1951) – Getúlio funda o BNDE (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico).

Julho
Dia 1º (1942) – Getúlio cria a Companhia Vale do Rio Doce, pelo decreto-lei 4352.
Dia 10 (1999) – Morre o ex-líder das Ligas Camponesas, Francisco Julião. Seu corpo é cremado no México.

Agosto
Dia 23 (1905) – Nasce Abilon de Souza Naves, em Uberlândia/MG, principal ícone do trabalhismo paranaense.
Dia 24 (1954) – Getúlio suicida-se no Rio de Janeiro para abortar as conspirações que rondavam o poder desde a Revolução de 1930.
Dia 25 (1961) – Brizola lidera levante popular para assegurar a posse de Goulart na Presidência da República, diante do veto dos militares que ameaçava a ordem democrática. Milhares de armas são entregues à população, mediante recibo.
Dia 28 (1961) – O comando do III Exército, à frente Machado Lopes, adere ao levante e Brizola requisita a Rádio Guaíba para formar a Cadeia da Legalidade que passou a contar com 104 emissoras em todo o Brasil. Com a vitória, Jango é saudado novo presidente e Brizola e herói da Legalidade.

Setembro
Dia 6 (1979) – Brizola retorna ao Brasil, após longo exílio de 15 anos, sete deles confinado num balneário do Uruguai. Desembarca em Foz do Iguaçu, sendo recebido por uma multidão de políticos e populares.
Dia 7 (1961) – Jango assume a Presidência da República em meio à experiência do Parlamentarismo, forçada pelo Congresso para lhe cortar os poderes.
Dia 13 (1961) – Terminava vitorioso um dos maiores movimentos de resistência democrática da história do Brasil: a Legalidade.  Liderado por Brizola, o povo gaúcho, conseguiu a adesão de parte do Exército e garantiu a posse de João Goulart.
Dia 15 (1977) – Brizola é expulso do Uruguai, onde se encontrava exilado desde 64, e asila-se nos Estados Unidos.
Dia 23 (1901) – Nasce Alberto Pasqualini, em Ivorá, no Rio Grande do Sul.

Outubro
Dia 3 (1930) – Início da Revolução que levaria Getúlio à Presidência da República.
Dia 3 (1950) – Getúlio é eleito presidente com 48,7% dos votos.
Dia 3 (1953) – Getúlio sanciona a lei 2004, que cria a Petrobrás, quase dois anos após o envio de seu projeto ao Congresso (06/10/51).
Dia 3 (1960) – Eleição de João Goulart, vice-presidente do Brasil.
Dia 7 (1962) – Nas eleições gerais, Brizola é eleito deputado federal pelo Rio de Janeiro, o mais votado proporcionalmente até os dias de hoje no Brasil, obtendo 269 mil votos.
Dia 26 (1922) – Nasce Darcy Ribeiro, em Montes Claros, Minas Gerais.

Novembro
Dia 9 (1999) – Brizola é reeleito vice-presidente da Internacional Socialista, em Congresso que elege como presidente Antônio Guterres, então premier de Portugal, e proclama o PSDB e o presidente Fernando Henrique Cardoso “instrumentos da direita”.
Dia 10 (1943) – Getúlio decreta a Consolidação das Leis do Trabalho, CLT, reunindo todas as resoluções tomadas a partir de 1930, na área trabalhista.

Dezembro
Dia 2 (1945) – Getúlio Vargas elege-se senador por dois estados (Rio Grande do Sul e São Paulo) e deputado federal por sete estados, um mês e pouco depois de ter sido deposto pelas Forças Armadas em 29/10.
Dia 5 (2012) – Morre Oscar Niemeyer, aos 104 anos, o arquiteto dos CIEPs.
Dia 6 (1976) – Morre João Goulart, na Fazenda La Villa, em Mercedes, na Argentina, em pleno exílio.
Dia 12 (1959) – Morre o senador Abilon de Souza Naves (dois dias depois ele inauguraria usina hidrelétrica em Coronel Vivida, construída na gestão do prefeito Paulino Stédile que também exercia forte liderança no antigo PTB).
 Dia 15 (1907) – Nasce no Rio de Janeiro, RJ Oscar Niemeyer.

(Este Calendário foi inicialmente elaborado pelo jornalista Valmor Stédile)
MCS – Ascom PDT

Postado por Carlos PAIM

quarta-feira, 4 de maio de 2016

MPF pede para Justiça anular títulos de fazendas emitidos por Getúlio Vargas

Em recurso ao TRF, Ministério Público Federal pede incorporação de área à aldeia Panambi-Lagoa Rica e indenização a “proprietários de boa fé”


Índios da aldeia Panambi-Lagoa Rica, entre os municípios de Dourados e Douradina (Foto: Eliel Oliveira)
Índios da aldeia Panambi-Lagoa Rica, entre os municípios de Dourados e Douradina (Foto: Eliel Oliveira)
O deputado federal Paulo Pimenta com índios da aldeia Panambi-Lagoa Rica, no ano passado (Foto: Eliel Oliveira)
O deputado federal Paulo Pimenta com índios da aldeia Panambi-Lagoa Rica, no ano passado (Foto: Eliel Oliveira)
O MPF (Ministério Público Federal) em Mato Grosso do Sul recorreu ao TRF (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região (São Paulo) pedindo a nulidade de oito títulos de propriedade de fazendas localizadas na área reivindicada como Terra Indígena Panambi-Lagoa Rica, entre os municípios de Dourados e Douradina. Os títulos foram emitidos pela União na década de 40, no governo de Getúlio Vargas.
O local foi palco de conflitos entre índios e produtores rurais nos últimos três anos. Em 2015, fazendeiros da região expulsaram famílias indígenas que ocuparam uma área no distrito de Bocajá. No ano passado, o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal, deputado Paulo Pimenta (PT-RS) foi ao local e se reuniu com os índios.
Indenização – No recurso ao TRF, o Ministério Público Federal a imissão da União na posse dosimóveis e a indenização dos “proprietários de boa-fé”. Atualmente, pelo menos 200 hectares estão ocupados por índios guarani-kaiowá, que os reivindicam como a área de ocupação permanente indígena.
De acordo com a assessoria do MPF, a Justiça Federal em Dourados extinguiu a ação sem julgar o mérito da questão, isto é, se os títulos têm validade ou não, sob o argumento de “usurpação da competência do STF e impossibilidade do objeto desta ação, que viola a cláusula pétrea de separação dos poderes”.
Para o MPF, “é fundamental que o Poder Judiciário reconheça a grave realidade fática e decida o mérito nos termos do novo Código de Processo Civil”.
Títulos da Cand – Conforme o MPF, os títulos das propriedades foram concedidos pela União aos agricultores durante a criação da Cand (Colônia Agrícola Nacional de Dourados), em 28 de outubro de 1943.
Para o MPF, os títulos são nulos, pois a União tinha “plena ciência” de sua ocupação permanente por comunidades indígenas guarani-kaiowá. “A Constituição Federal de 1934 vedava expressamente qualquer outra destinação às terras permanentemente ocupadas por indígenas. Além disso, as oito propriedades incidem sobre área identificada e delimitada como Terra Indígena Panambi-Lagoa Rica em dezembro de 2011”, afirma o órgão federal.
No entendimento do MPF, a os proprietários tiveram seus títulos concedidos pela própria União, por isso possuem direito à indenização. “A ação tem o propósito de pacificar a conflituosa situação instaurada na região, protegendo os interesses dos indígenas e dos não indígenas”.
Campo Grande News
Postado por: Ygor Mendes Iavdosciac

ANIVERSÁRIO DE GETÚLIO VARGAS LEMBRADO NA CÂMARA DE SÃO BORJA
Data: 17 de abril de 2011
Na terça-feira, 19 de abril, a partir das 10h30min, a Câmara Municipal de Vereadores realizará sessão solene em homenagem ao aniversário do Presidente Getúlio Vargas. Na solenidade, além de autoridades municipais também estarão políticos estaduais e federais que virão a São Borja prestigiar o evento e homenagear o Presidente. Alceu Nicola, atual proprietário da Fazendo Itú, que pertenceu a Getúlio Vargas, palestrará sobre a vida do político que marcou a história do País.

Nascido em São Borja, Getúlio Dornelles Vargas foi o presidente que mais tempo governou o Brasil, durante dois mandatos. Vargas foi presidente do Brasil entre os anos de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954. Entre 1937 e 1945 instalou a fase de ditadura, o chamado Estado Novo.
Getúlio Vargas assumiu o poder em 1930, após comandar a Revolução de 1930, que derrubou o governo de Washington Luís. Seus quinze anos de governo seguintes, caracterizaram-se pelo nacionalismo e populismo. Sob seu governo foi promulgada a Constituição de 1934.
Entre as realizações do Presidente, destacam-se a criação da Justiça do Trabalho, a instituição do salário mínimo, a Consolidação das Leis do Trabalho, também conhecida por CLT. Os direitos trabalhistas também são frutos de seu governo: carteira profissional, semana de trabalho de 48 horas e as férias remuneradas.
Getúlio Vargas investiu muito na área de infraestrutura, criando a Companhia Siderúrgica Nacional (1940), a Vale do Rio Doce (1942), e a Hidrelétrica do Vale do São Francisco (1945). Em 1938, criou o IBGE ( Instituto brasileiro de Geografia e estatística). Saiu do governo em 1945, após um golpe militar.
Em 1950, Vargas voltou ao poder através de eleições democráticas. Neste governo continuou com uma política nacionalista. Criou a campanha do ” Petróleo é Nosso” que resultaria na criação da Petrobrás.
Em agosto de 1954, Vargas suicidou-se no Palácio do Catete com um tiro no peito. Deixou uma carta testamento com uma frase que entrou para a história : “Deixo a vida para entrar na História.”
O Presidente da Câmara de Vereadores, Celso Lopes (PDT) falou sobre a importância da sessão que lembra o aniversário de Getúlio Vargas e afirmou que “é muito importante reverenciar a memória desse que foi um dos mais importantes políticos brasileiros e São Borja, como sua cidade natal, deve homenagear e lembrar os atos realizados pelo seu filho ilustre”.

PDT

Postado por: Ygor Mendes Iavdosciac


domingo, 30 de março de 2014

Filho de Jango quer saber: Como EUA participaram do golpe?
Jango23_Filho
Para João Vicente, filho de Jango, investigar é uma obrigação do país.
Filho de Jango pede ajuda ao Senado para conseguir documentos nos EUA
Lei norte-americana determina 50 anos de segredo para parte dos documentos considerados sigilosos. João Vicente Goulart acredita que liberação de informações ajudará a entender as origens do golpe.
Tércio Ribas Torres, lido no RBA
O presidente do Senado, Renan Calheiros, recebeu na terça-feira, dia 18, a visita de João Vicente Goulart, filho do ex-presidente da República João Goulart (1919-1976). A visita foi acompanhada pela presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), senadora Ana Rita (PT/ES), e por outros membros da comissão.
João Vicente pediu a Renan a ajuda do Senado para que a Comissão Nacional da Verdade consiga com autoridades dos Estados Unidos o acesso a documentos que poderiam esclarecer fatos relacionados ao golpe militar de 1964. Ele lembrou que a lei norte-americana estabelece 50 anos de segredo para boa parte dos documentos considerados sigilosos.
Segundo João Vicente, esses documentos – que estão em posse do Departamento de Estado e de bibliotecas do governo norte-americano – poderiam revelar, por exemplo, qual foi a participação de agentes do governo dos Estados Unidos no golpe militar brasileiro.
O filho de Jango explicou que alguns documentos já foram liberados, mas ressaltou que o apoio do Senado pode acelerar a liberação de outros. Ele fez questão de afirmar que o golpe foi dado “contra a e não a favor da democracia brasileira”.
“Existem documentos que podem esclarecer o porquê do golpe de estado. É importante para o Brasil e para a democracia brasileira”, disse.
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL/AP) disse que a CDH e a Subcomissão de Memória, Verdade e Justiça vão ajudar no pedido de informação ao governo norte-americano. De acordo com o senador, os documentos já obtidos pelo filho de João Goulart são “prova inconteste” de que o ex-presidente foi monitorado pelo governo brasileiro desde o dia em que foi deposto. A família do ex-presidente também teria sido monitorada durante o exílio.
Na opinião de Randolfe, os documentos também provariam que existiu uma operação internacional de ditaduras latino-americanas com o objetivo de aniquilar seus opositores.
“Há indícios de que existem outros documentos desse tipo que estão de posse do Congresso e do Departamento de Estado norte-americanos”, declarou Randolfe, acrescentando que uma comissão de senadores vai buscar ter acesso aos documentos de posse do governo dos Estados Unidos.
A presidente da CDH, senadora Ana Rita, confirmou que o Senado vai pedir agilidade ao governo norte-americano na liberação desses documentos. Renan deve entrar em contato com o presidente do Senado dos Estados Unidos para discutir o assunto. Para a senadora, os documentos poderão ajudar a Comissão Nacional da Verdade no esclarecimento de situações do período militar.
O Senado fará uma sessão especial no dia 31 deste mês para lembrar os 50 anos do golpe militar de 1964, que tirou o mandato do presidente João Goulart e, mais tarde, resultou no fechamento do Congresso. João Vicente disse que a data ideal para a sessão seria o dia 1º de abril, quando em 1964 o Congresso legitimou o poder na mão dos militares, mesmo com a presença do presidente João Goulart em território brasileiro, caracterizando assim o golpe de estado.
“Se for convidado, para o dia 1º ou para o dia 31, aqui estarei”, prometeu.
O requerimento para a sessão especial foi apresentado pelo senador João Capiberibe (PSB/AP). Para o senador, é preciso que esses fatos, ocorridos há 50 anos, sejam lembrados e repudiados, para que os jovens conheçam a história do seu país e contribuam para o aperfeiçoamento da democracia.
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